Quando Robert Mugabe foi apeado do poder por seu próprio partido, depois de 38 anos de ditadura, os líderes militares de Zimbábue prometeram garantir a democracia com uma eleição presidencial. Derrotar o partido do presidente em exercício, a União Nacional Africana do Zimbábue – Frente Patriótica (ZANU-PF), que controla o país desde a independência (1980), era a missão do jovem e carismático Nelson Chamisa, do Movimento pela Mudança Democrática. Depois de décadas de elites corruptas que usam de qualquer meio para se manter no poder, seria realmente possível uma eleição livre, justa e transparente?