Chegamos em Brasília no começo de março de 2016 na intenção de filmar um documentário sobre nosso Congresso Nacional. Queríamos ficar dentro do prédio e, no estilo Wiseman, observar como é feita a política no Brasil. Mas então Lula, o grande líder político do país, foi levado por duzentos homens armados para depor. Preocupada se seu padrinho estava sendo encurralado e colocado de fora das próximas eleições, Dilma Rousseff escolheu nomeá-lo como ministro da Casa Civil.Em poucas horas a imprensa, a oposição e mais de 30 mil pessoas estavam na entrada do Palácio do Planalto gritando por sua renúncia. Dentro de um dia, foram postos procedimentos para um impeachment, em pé de guerra. E nós estávamos lá, no olho do furacão, com as credenciais certas, câmera e microfone.